Embora ainda não tenha os números oficiais em mãos, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Valdir Sales, informou que já estão ocorrendo demissões no comércio picoense em decorrência da quarentena. Ele afirmou que está em contato com os donos de estabelecimentos comerciais e estes tem lhe comunicado sobre a dispensa de funcionários.
Inicialmente, quando dos primeiros decretos de isolamento social pelo prefeito Pe. Walmir Lima (PT), muitos empregadores estavam dando férias coletivas aos funcionários, mas com o prolongamento da crise, as alternativas estão se encurtando. “Com certeza, por quê? Não há como pagar. O comerciante tem muitos encargos, mas se for comparar o comércio do empregador individual, é muito pior”, declarou.
Segundo o dirigente, os autônomos e pessoas que trabalham na feira livre, por exemplo, estão se desfazendo de bens pessoais, como carros e motocicletas para saldar dívidas. “E tem empresas que estão usando o cheque especial e já estão no vermelho”, comentou.
Nossa equipe procurou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Picos (Sintracs), Marcos Holanda, para saber como estão as demissões. Ele nos informou que sempre há rescisões, mas os atendimentos no sindicato nos últimos dias dizem respeito principalmente a suspensão de contratos entre 30 e 60 dias.
“O que estamos fazendo mais são as suspensões de contratos, acordo entre as partes, patrão e empregado, e hoje fizemos mais de 100”, relatou.
Marcos Holanda disse que não é possível para o sindicato ter um número exato sobre as demissões porque estas acontecem na própria empresa, ou seja, não passam pelo Sintracs.