Inúmeras teorias conspiratórias dominaram as redes sociais, especialmente os grupos de WhatsApp, após a confirmação, por parte da Secretaria de Saúde, do primeiro caso de coronavírus em Picos, divulgado no final da tarde da quarta-feira (15). As gravações variavam desde que a pessoa infectada não reside em Picos, portanto não contaria como um caso local, até que a prefeitura teria liberado essa informação para assustar a população e garantir que o comércio continue com as portas fechadas. Análise é o que não falta.
Há quem aponte a coincidência de que esse caso tenha surgido após a reunião dos dirigentes lojistas de Picos na manhã da quarta-feira, oportunidade em que elaboraram propostas para a reabertura gradual dos estabelecimentos comerciais.
De certo, a situação é dramática para todos. Pessoas idosas relatam jamais ter vivido uma algo assim, em que é exigido que ninguém saia de casa para evitar o contágio por parte de uma doença grave. Aqui na região, nunca se testemunhou algo do tipo.
Além da preocupação com a saúde pública, há a crise financeira que veio junto com as medidas restritivas, o que tem tirado o sono de empresários, comerciantes, autônomos e inúmeras outras classes que dependem da movimentação de pessoas para sobreviver. Já há informações de demissões no comércio de Picos.
Também é certo que a doença é real, pois as inumeráveis mortes verificadas na China, Itália, Espanha, Estados Unidos e Equador, não são criação da mídia. Incluindo aí o Brasil, que atingiu a triste marca de 1.764 mortes por Covid-19, segundo último levantamento do Ministério da Saúde. Oito óbitos foram verificados aqui no Piauí.
O caso de coronavírus em Picos foi confirmado pelas Secretarias Municipal e Estadual de Saúde. Questionar os poderes públicos é um direito de cada cidadão, só deve-se tomar cuidado com o que é dito, que seja algo com base, para que não gere desinformação. Que todos possa sair dessa crise bem.