Por Maria Gizelly
Estagiária/R.Sá
Nos últimos anos, observa-se um aumento considerado dos fenômenos violentos na sociedade, com a pandemia da Covid – 19, intensificou-se também diversos tipos de violência, em sua maioria contra a mulher e doméstica. A psicóloga e professora universitária Flávia Marcelly aborda os instintos agressivos das pessoas e o diálogo como forma de lidar com essas situações.
Segundo Flávia, a agressividade pode vir a desencadear diversas situações no entorno social, e algumas estratégias podem ser direcionadas a este respeito. Muitas vezes, se tende a buscar maneiras de “controlar a raiva” com o intuito de contornar a situação, no entanto, a realidade se sobrepõe, e nem sempre se busca compreender as causas do comportamento agressivo.
A agressão pode ser discutida, de acordo com Kaplan e Sadock (1993) como qualquer forma de prejudicar ou ferir outra pessoa. A agressividade faz parte do processo de conhecer, pode mediatizar-se, está dentro do nível simbólico, enquanto que a agressão não está mediatizada e, muitas vezes, encontra-se a serviço da destruição do pensamento (Fernandez, 1992).
De acordo com a psicóloga, geralmente demonstramos o sentimento de raiva quando algo nos impede de agir ou quando sentimos que estamos sendo tratados injustamente. Os sinais deixados pela raiva formam um amplo espectro, que inclui desde irritação e frustração a sentimento de vingança e fúria.
Flávia fala sobre medidas que podem ser utilizadas com pessoas agressivas. “Algumas estratégias podem ser discutidas a respeito da agressividade, o diálogo torna-se uma ponte de compreensão e acolhimento frente a pessoa com este tipo de comportamento agressivo. Por vezes, a necessidade de um acompanhamento psicológico em vista de avaliar a queixa e o problema clínico que discorre dos comportamentos agressivos”, afirma.