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Conquista: Brasil completa 90 anos do voto feminino

Por Luana Pereira
Estagiária/ R.Sá

A população brasileira é composta por 48,2% de homens e 51,8% de mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo as mulheres liderando em quantidade ainda são minorias quando se trata igualdade em ocupação de cargos políticos e empresariais. No Brasil, as mulheres demoraram a conquistar o direito de votar. Somente em 24 de fevereiro de 1932, por meio do Decreto 21.076, do então presidente Getúlio Vargas, que instituiu o Código Eleitoral, foi que as mulheres puderam participar da escolha dos representantes políticos.

E foi em 1934 que o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal, um grande marco na vida das mulheres.

Naquela época uma das grandes dificuldades enfrentadas pelas mulheres era o preconceito entre companheiros que acreditavam que “o lugar de mulher era atrás do fogão”, expressão usada por homens machistas que proibiam suas companheiras de qualquer trabalho fora de casa.

Hoje, 90 anos depois, podemos observar que muita coisa mudou, além do direito ao voto as mulheres passaram a ocupar cargos de igual para igual com a classe masculina. No entanto, a discrepância ainda é visível.

A professora aposentada Universidade Federal do Piauí (UFPI), Maria Oneide Fialho Rocha, natural de Picos, é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e desde 1990 milita pelo PT. Além de já ter presidido o partido e disputado a prefeitura do município, ela ocupa a  Secretaria de Formação do Diretório Municipal e Regional do partido.

OneIde explica que o papel da mulher na sociedade é desvalorizado desde sempre, por isso luta a muitos anos para que haja igualdade entre os gêneros. “Vocês imaginam que picos foi emancipada no ano de 1890, depois de 106 anos, é que Picos teve uma mulher candidata a prefeita uma eleição desigual e com muitos preconceitos, mas alcancei o segundo lugar com 7.450 votos aproximadamente”, relatou.

Oneide Rocha. Foto: CCOM

No Brasil, em torno de 77 milhões de brasileiros irão votar em outubro deste ano de 2022, e 53 por cento do eleitorado é formado pelas mulheres, segundo a Rádio Senado.

Por isso, para a militante Oneide Rocha, sua trajetória na política e na vida tem o seus objetivos. “Eu assumi essa responsabilidade para que o espaço da mulher na sociedade mostrasse que é possível fazer uma campanha cidadã, em que o voto é um voto de decisão, um voto de escolha, por mudanças. Eu assumi  como minha  missão de cristã”, afirmou.

A conquista do voto feminino é um marco importante na história da democratização do Brasil. Por essa razão, a luta pelo direito à igualdade é constante.