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Piauí pode atingir pico de óbitos por Covid nas próximas semanas, aponta estudo da Fiocruz

O Piauí pode atingir o pico de internações e de óbitos por Covid-19 nas próximas semanas de fevereiro e em março, de acordo com estimativas de um estudo do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washigton, nos Estados Unidos.

Segundo o professor Emídio Matos, pesquisador do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade Federal do Piauí (UFPI), no caso dos óbitos, o pico é para o dia 9 de março e o estudo considera três cenários. No melhor cenário, com toda a população vacinada com a dose de reforço, a média chega a 16 mortes. Já no pior cenário, considerando a projeção atual, a média é de 20 óbitos.

“O estudo leva em conta três cenários, um deles é a projeção atual, que significa lentidão na aplicação da dose de reforço, mal uso da máscara, nesse cenário, a gente tem a pior projeção de óbitos, com uma média de 20 óbitos. No melhor cenário, com 100% da população vacinada com dose de reforço, a gente teria uma média de 16 óbitos, o dobro que a gente teria agora, isso no melhor cenário”, explica Emídio Matos.

Já em relação as internações, o pico é para o dia 26 de fevereiro com uma média de 2.857 paciente internados, considerando todos os leitos de Covid-19. O pesquisador Emídio Matos aponta ainda o perfil de jovens e pessoas não vacinadas entre os pacientes internados.

“Nas internações, eles estão prevendo um pico para o dia 26 de fevereiro e o que a gente tem verificado com os dados do Ministério da Saúde, dados clínicos, que a população que está adoecendo mais gravemente são o que não vacinaram, ou os que estão com vacinas em atraso e um rejuvenescimento da pandemia, com crianças e jovens ainda não vacinados, adoecendo mais gravemente”, acrescenta o professor.

Com o resultado dessas projeções, Emídio Matos faz um alerta à população sobre o cumprimento do decreto estadual e a importância das medidas de proteção.

“Não adianta um decreto se a população não seguir, festas, bares são coisas impensáveis neste momento, tem decreto proibindo, mas a população precisa seguir. Depende das nossas ações, com o uso de máscara, se vacinar com dose reforço e também caberia ao Estado fornecer equipamentos de proteção contra a variante ômicron”, finaliza.

Rebeca Lima
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