O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSBD), rezaram juntos o “Pai Nosso” e novamente reforçaram o pedido de distanciamento social durante uma transmissão ao vivo sobre dados do novo coronavírus na tarde desta segunda-feira (13). Wellington chegou afirmar que o descumprimento das medidas preventivas no Estado pode provocar um genocídio.
“O que eu vou dizer é muito forte. Tem gente trabalhando contra. Estamos tendo pessoas, que toda hora, fala que tem que voltar tudo, tem que abrir tudo, pessoas teimando. Isso acontecendo, muita gente voltando, o que isso significa? É mesmo que alguém estar dizendo que quero propagar mais coronavírus. E se mais gente pegar coronavírus, significa dizer que mais pessoas vão morrer. Significa dizer também um genocídio”, disse o governador.
Firmino voltou a defender o isolamento social como forma de prevenção a transmissão do Covid-19. O prefeito também criticou o descumprimento da medida e afirmou que “quanto mais relaxado for o isolamento, mais tempo ele será necessário”.
“O grande instrumento para reduzir a transmissão e hospitalização é o isolamento. Ou seja, quanto mais isolado você estiver, melhor resultado nós teremos”, completou.
Wellington Dias projetou que até o dia 15 de maio o Piauí estará alcançando o pico da doença e reforçou que se o contágio continuar crescendo não haverá leitos suficientes para atender a população.
“Se continuar crescendo 200% a cada dez dias, nós podemos precisar de 300 leitos, pode ser menos ou mais. Mas quantos eles temos desocupados? O que não queremos é o que ocorra como aconteceu na Itália e Espanha, aonde chegam 100 pessoas com vagas para 40”, disse.
Em outro trecho da live, Firmino afirmou que a luta é uma só, contra o coronavírus, e comentou que a doença não “distingue quem é de direita ou esquerda, do governo ou da oposição, empresário ou trabalhador, rico ou pobre”.
Sobre a suspensão do isolamento social, o Wellington Dias disse que ainda não há uma previsão, mas que vem acompanhando a situação com base em dados científicos. Ele afirmou ainda que só é possível deixar o isolamento quando tiver a certeza que o sistema de saúde estadual não entrará em colapso.
“À medida que subir o número de pessoas com coronavírus é preciso ter o número de leitos suficientes. Quando falo em leito, estou dizendo respiradores, UTI, e equipamentos de proteção para os profissionais de saúde. Tudo isso tem que acontecer acima da demanda. Portanto, nós só podemos sair quando tivermos a segurança de que o nosso sistema de saúde não vai entrar em colapso. Ou seja, quando uma pessoa doente chegar ao nosso sistema, ele encontrará equipamentos e equipe para atendê-lo”, explicou.
No final da live, Firmino e Wellington fizeram agradecimentos e rezaram o Pai Nosso.
Edição: Adriana Magalhães
Por: Jorge Machado