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Pastor presidente da Assembleia de Deus de Picos fala sobre a celebração da Páscoa pelos cristãos evangélicos

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A Páscoa é uma data de grande significado para a cristandade, católica, ortodoxa e evangélica, apesar das suas variações dogmáticas, ela celebra a comunhão entre as pessoas. O pastor presidente da Assembleia de Deus de Picos, Carlos Alberto Costa de Sousa, em entrevista ao Boletim do Sertão, falou sobre como essa data é vivenciada pelos evangélicos.

“Nós os evangélicos entendemos que a Páscoa é uma festa de comunhão, é um momento de muita unidade, de muito temor a Deus, e nós não celebramos apenas um dia no ano, não, nós celebramos todo mês, celebramos a Santa Ceia, partimos o pão e o comemos e bebemos do vinho, que é o corpo e o sangue do Senhor; é uma eucaristia”, explicou.

Quanto ao feriado, o pastor Carlos Alberto disse respeitar e viver o momento, entendendo que a “piedade” deve ser constante. “Se tudo leva para Cristo e seu sofrimento pela humanidade, que é o maior exemplo da festa, devemos ter um momento de reflexão, de entender verdadeiramente porque Cristo morreu, de entender por quem Cristo morreu, e a abrangência desse milagre em nossas vidas”, explicou o pastor Carlos Alberto.

Ele lembrou ainda que a Páscoa era uma das festas mais importantes do calendário Judaico, conforme descrito na Bíblia, celebrada antes mesmo do surgimento do cristianismo, contudo, acontecia de forma bem diferente de como é vivenciada pelos cristãos.

“A festa da Páscoa começava na quinta-feira, quando uma família pequena, ou em número de 12, que representavam as 12 tribos de Israel, iam até templo e ofereciam um cordeiro em sacrifício pelo pecado dos ofertantes. O cordeiro era degolado, o sangue era derramado no pé do altar, enquanto os ofertantes cantavam os Salmos 113 e 118; ao pôr do sol, todos se reuniam e faziam como Deus ordenou a Moisés, pegavam partes do cordeiro sacrificado e faziam a ceia, ou seja, comiam o cordeiro”, relatou.

O pastor explicou que todo o ritual do Páscoa judaica teve um “clímax” quando Jesus, antes de morrer, reuniu os seus discípulos e celebrou a ceia.

“Ele partiu o pão e deu aos seus discípulos, dizendo que era o seu corpo, como lhes deu a beber o vinho, dizendo que o seu sangue; até ali a Páscoa era realizada com a morte de cordeiros, quando Jesus morreu na cruz, a Páscoa deixou de ser celebrada como era no Antigo Testamentos e passou a ser vivida na igreja primitiva e até os dias de hoje na forma da Eucarística, Comunhão ou Ceia; o importante é entender que tudo apontava para Cristo, a Santa Ceia de hoje é a Páscoa de ontem, porque Cristo é o cordeiro que foi morto para tirar o pecado do mundo; o Seu corpo estava sendo oferecido pela humanidade”, relatou o pastor.