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Piauí encerra 2021 com menor taxa de positividade para Covid-19 em exames RT-PCR

Foto: Estadão Conteúdo

O Piauí encerrou a penúltima semana epidemiológica de 2021 com a menor taxa de positividade para Covid-19, em diagnósticos de exame RT-PCR, feitos através do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI). As informações fazem parte de um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Segundo informações repassadas pelo professor Emídio Matos, doutor em Ciências Biomédicas e membro do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade Federal do Piauí (UFPI), o percentual de testes positivos somou 11,77%. Ou seja, a cada 100 testes realizados na semana passada apenas 11 deram positivo para Covid-19.

Segundo o pesquisador, a estatística revela uma redução de 35,4% quando comparada à semana epidemiológica anterior. Vale ressaltar, contudo, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que apenas um valor abaixo de 5% indicaria uma pandemia sob controle.

Para Emídio Matos, o cenário pode ser atribuído ao avanço da imunização contra a Covid-19 no estado, que foi reforçada com decreto do governo do estado que tornou obrigatória a apresentação de passaporte da vacina para entrada em diversos espaços nas cidades piauienses.

“Isso com certeza é resultado do avanço da vacinação na qual o Piauí tem avançado bem e do prolongamento das medidas de distanciamento social, que exigem passaporte da vacina. Certamente, esse conjunto de medidas tem contribuído para que tenhamos uma redução da circulação do vírus no estado”, avaliou.

Risco de novos surtos

Apesar da redução de casos, o professor alertou para o risco de novos surtos de Covid-19 em 2022. Segundo ele, o cenário é previsto uma vez que existe uma maior incidência de aglomerações e, consequentemente, novas infecções, devido ao período de férias e festas realizadas durante o Réveillon.

“Com festas de final de ano, muitas pessoas viajando, pode ter um repique, com novos surtos na primeira quinzena de janeiro. Então, é preciso esperar as duas primeiras semanas epidemiológicas de 2022 para termos uma avaliação concreta do próximo ano”, finalizou.

Paula Sampaio
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