Por: Glenda Leal
Acadêmica de Jornalismo/ R.Sá
A leitura é uma prática muito comum para indivíduos que gostam de conhecer lugares e pessoas novas. Com ela, é possível usufruir de uma viagem sem ao menos sair de onde está. Um mundo diferente, fantasioso, que tem o poder de te desconectar de qualquer realidade vivida e te levar para outra totalmente alternativa. Licenciada em Letras, Alice Rocha compartilha dessa viagem, sendo uma das motivações para consumir livros anualmente.
“Eu gosto de ler porque me transporta. Eu sou uma pessoa que sempre fica muito imersa nas coisas que eu estou consumindo, principalmente livros. Ali, posso criar um mundo dentro da minha cabeça e seguir os personagens. Gosto muito de ir lendo, interpretando e buscando toda crítica literária em questão de desenvolvimento do personagem, jornada do herói e tudo isso. Eu leio pra sentir outras coisas e viver outras vidas. Ir na jornada do herói com o herói”, afirma a professora.
Os irmãos Êndio Caetano e Hênio Caetano, além do DNA, partilham diversos traços em comum. Além de também fisicamente parecidos, estão ambos matriculados em um curso de direito e, principalmente nas horas vagas, compartilham do mesmo hobby: ler, de forma recreativa ou em função da faculdade que muito os influencia no hábito.
“Gosto muito de ler distopias, elas sempre nos mostram uma crítica mais profunda sobre a sociedade em que vivemos. Além disso, também gosto de ler livros de investigação, talvez seja algo remetido a minha personalidade, pois, para um detetive conseguir resolver um mistério, é necessário ele entender cada pessoa ou suspeito”, contou Hênio.
Segundo dados do Painel do Varejo de Livros no Brasil, divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), através de pesquisa feita pela Nielsen BookScan, foi observado um aumento de 39% em vendas de exemplares em relação ao mesmo período de 2020. Com a chegada da pandemia do novo coronavírus no Brasil, hábitos que já eram assíduos se tornaram ainda mais. Quarentena, menor deslocamento, maior tempo livre: um cenário para colocar a leitura de boas obras em dia.
“A pandemia surpreendeu a todos. No início, a gente não sabia o quanto ia durar. Nessa dúvida eu acabava por ler menos, já que, se eu iniciasse um livro hoje, poderia voltar a ter meus afazeres e não ler com tanta tranquilidade. Engano meu, a pandemia veio com longa duração. Já “acostumado” com essa nova realidade, aprendi a ler com mais rapidez. Em 2021, com tudo isso em mente, acabei por ler, até a metade desse ano, cerca de 10 livros, a maioria próxima das 400 páginas”, comenta Êndio.
Êndio Caetano Hênio Caetano
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró Livro em parceria com o Itaú Cultural, exemplifica que a média geral do Brasil, em obras lidas anualmente, se mantém em 2,5 (de forma completa) e a Bíblia é apontada como o tipo de livro mais lido, dado confirmado pelo operador de máquinas Edilson Barros, de 52 anos.
“Gosto de ler para ter o conhecimento maior e ampliar a minha mente. Leio reportagens, histórias documentais e histórias de pontos turísticos para conhecer os lugares mesmo sem de fato estar lá. E, claro, principalmente a Bíblia, que leio todos os dias e já completei três vezes do primeiro ao último capítulo”, concluiu Edilson.