Sem verba suficiente no orçamento da União para 2022, até agora a Universidade Federal do Piauí (UFPI) não vê como retornar com as aulas totalmente presenciais. A informação é do reitor da UFPI, Gildásio Guedes, que está em Brasília, para articular com os parlamentares do Piauí um repasse maior antes da votação do orçamento. “Mandamos ofícios para todos [parlamentares] para que advoguem pelo menos o retorno do valor do orçamento de 2019, pois nos dará condições de manter a universidade funcionando, os alunos e os cursos presencialmente. Se assim não for nós teremos dificuldades porque precisamos pagar luz, abrir os restaurantes, oferecer as refeições aos estudantes, pagar os contratos com as empresas prestadoras de serviço, se assim não for nós estaremos com muitas dificuldades”, explica a situação dramática. As informações são do Meio Norte.
O baixo valor repassado não de agora, nos dois últimos anos também houve o mesmo problema, porém o cenário de pandemia impedia os trabalhos nos campi. “Tivemos um corte no orçamento de cerca de R$ 22 milhões em 2021, mas a Universidade estava funcionando cerca de 80% remotamente”, afirma o professor doutor, que logo em seguida faz um alerta sob o risco de não conseguir manter a maior universidade do estado em pleno funcionamento. “De qualquer forma teremos que voltar em 2022 de forma presencial ou no mínimo de forma híbrida no 1º semestre e sem os recursos necessários insuficientes para o custeio para o pagamento do dia a dia para as despesas da universidade, nós teremos condições de atender ao alunado e aos projetos de professores e pesquisadores bem como os nossos alunos bolsistas”.
Isso porque o valor de custeio e investimento destinado à UFPI em 2019 era de R$ 146 milhões caiu para R$ 70 milhões para o próximo ano. Em 2021, a baixa foi de 18% ficando em R$ 80 milhões, mas as aulas ainda não eram presenciais.
O senador Elmano Férrer (PP) recebeu o reitor em seu gabinete nesta terça-feira (07) em Brasília e se comprometeu em conversar com o sub-relator da Educação no orçamento, o senador Wellington Fagundes (PL-MT), para tentar aumentar o repasse à UFPI. “Vamos pedir, fazer esse esforço para que aumente no mínimo para manter a universidade no próximo ano, ou seja, aumentar de R$ 70 para R$ 105 milhões [a verba no orçamento]. É uma situação dramática, que todos nós da bancada federal devemos lutar”, disse o senador.
Está previsto também um encontro com o senador Marcelo Castro (MDB-PI) e com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
PRÊMIO
Dentre os compromissos em Brasília, o reitor participou de uma solenidade de premiação no Ministério da Educação (MEC) da 6ª Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), realizada neste ano. Mais de 2,3 milhões estudantes de todo o país participaram, 200 mil se classificaram para segunda fase e 20 mil receberam medalhas e menções honrosas.
Nesta terça, 25 estudantes, os 5 primeiros colocados de cada nível do 6º/ 7º ano ao 3º ano do Ensino Médio receberam os prêmios do reitor da UFPI e do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
“É importante porque é um evento nacional, com a participação de todos os estados do Brasil e tudo isso gestado pela Universidade Federal do Piauí, é um orgulho para o Piauí”, frisou o coordenador Jean Cata Preta, o coordenador geral da ONC no Brasil.
Fonte: meionorte.com