A passagem do grupo de 13 venezuelanos pela cidade de Picos foi curta. Segundo nos informou o diretor do Terminal Rodoviário Zuza Baldoíno, Francisco de Assis Portela, o Cizim, os estrangeiro foram encaminhados em uma van, por volta das 16h00, para Floriano, de onde pretendem chegar ao estado do Maranhão. Contudo, como a bagagem deles é muito volumosa, está será encaminhada a partir das 18h00 em uma picape. Três deles só irão nesse momento.
Alguns jornalistas de Petrolina entraram em contato com a nossa equipe para saber se a placa do veículo que deixou os venezuelanos na cidade havia sido anotada, ou se havia alguma filmagem, com o fim de localizar o motorista. Cizinho explicou que o grupo foi deixado em frente a rodoviária, do outro lado da BR, inviabilizando a possibilidade de registro da placa.
Contudo, a história que eles repetiram para as autoridades picoenses é que vieram de Salvador – BA, passando por Feira de Santana – BA e, por último, Petrolina – PE.
A coordenadora da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Picos, Lucia Neiva, informou que o grupo de venezuelanos vive de forma itinerante no Brasil, buscando empregos em fábricas e onde for possível, e não tem documentos brasileiros. A Secretaria de Saúde realizou alguns testes com eles para saber como estavam as condições físicas dos mesmos. Nenhum apresentava sintomatologia que remetesse ao coronavírus.
Lúcia disse ainda que percebeu alguma incoerência no discurso dos representantes do grupo, que inicialmente disseram ser bolivianos e depois venezuelanos. Quando nossa equipe esteve na rodoviária pela manhã, havia apenas dois garotos com os quais conversamos. Um terceiro estaria nas imediações, mas não o vimos. Os demais tinham ido até a prefeitura.
Aqueles com quem conversamos disseram ser da Venezuela, e que não pretendem voltar ao país de origem. Enfatizaram que o objetivo é chegar ao Maranhão.
A Secretaria de Trabalho e Assistência Social de Picos ofereceu um almoço para eles antes que seguissem viagem.