O governador Wellington Dias, que também é presidente do Fórum Nacional de Governadores, vai a Brasília cumprir agenda nesta segunda-feira (23) para tratar do pacto federativo e do momento político que o Brasil vive em meio à pandemia de covid-19. Além dele, estarão presentes no encontro os governadores dos outros 23 estados e do Distrito Federal.
No IX Fórum Nacional de Governadores, o Wellington Dias vai discorrer sobre a conjuntura atual, a defesa da democracia e os riscos ao pacto federativo abrangendo desequilíbrios fiscais para estados e municípios e os caminhos alternativos. A governança climática também será tema da reunião.
“Independentemente da disputa partidária, o Fórum dos Governadores defende o fortalecimento da democracia além do respeito à Constituição, às leis e às instituições. Neste ambiente de instabilidade, não é razoável, em meio à guerra contra o coronavírus e à crise que estamos vivenciando, ainda ter uma guerra interna. Alguém tem que ter a capacidade de diálogo e é isso que temos que tratar com governadores e prefeitos, com líderes na Câmara e no Senado, abrir diálogo com os outros poderes para a gente garantir aquilo que o Brasil: a estabilidade”, disse o governador.
Wellington se refere à crise institucional que se abate entre o Governo Federal e o STF em Brasília. Na última sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Senado o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, responsável no Supremo pelo inquérito acerca dos atos de ataque à democracia. Moraes autorizou que a Polícia Federal cumprisse mandados contra apoiadores do presidente.
A situação gerou um desgaste entre as instituições, inclusive no próprio Senado, onde o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre, decidiu tirar de pauta a indicação de André Mendonça ao STF. Mendonça era apontado como o nome que Bolsonaro iria sugerir para ocupar a vaga deixada com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Melo.
Em suas redes sociais, o STF publicou nota repudiando a atitude do presidente de pedir o impeachment de um de seus ministros. “O Estado democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões, uma vez que devem ser questionadas nas vias recursais próprias, obedecido o devido processo legal”, disse o Supremo.
Fonte: portalodia.com