A jornalista e digital influencer, Bruna Ravena, foi alvo de mensagens de ódio dirigidos a sua conta pessoal no Instagram. Com quase 60 mil seguidores, ela utiliza a sua conta para publicar postagens sobre temas com os quais tem afinidade e defender as causas que considera justas. E foi por esse motivo, que se deparou com mensagens agressivas na manhã da quinta-feira (29), após fazer algumas publicações através das quais questionava os homicídios não solucionados em Picos.
Em entrevista ao Boletim do Sertão, Bruna disse ter sido informada que o perfil que lhe dirigiu as mensagens de ódio é “fake”. O agressor falou também de outras postagens da jornalista em sua conta na rede social que nada tem a ver com a publicação sobre os homicídios não solucionados.
“O perfil em questão, me chamou de “doente” por minhas ações, e também sugeriu que eu deveria resumir as postagens no meu Instagram a fotos de lingerie e biquíni (em alusão a publicidade que faço para algumas marcas)”, declarou.
Bruna salientou que não entende o que motiva algumas pessoas a reproduzirem discursos machistas no século XXI, época que deveria ser caraterizada pela compreensão. “Em pleno século XXI, ainda temos nossos corpos objetificados e apontados como se fossem motivo de vergonha, como uma forma de nos reprimir. E novamente: não sei o que pode motivar alguém a praticar esse tipo de crime de violência psicológica e virtual”, comentou.
Segundo a jornalista essa foi a primeira vez que recebeu ataques machistas, mas já foi alvo de mensagens de ódio por causa da sua religião, a Umbanda. Bruna lamenta as situações que as mulheres ainda são obrigadas a enfrentar. “Eu queria não ter que ver esse tipo de situação. Eu queria que em pleno século XXI as mulheres deixassem de ser alvo de crimes virtuais e no mundo real simplesmente pelo fato de serem mulheres”, declarou.
Para a jornalista, situações como essas, mostram a necessidade de debater e combater o preconceito em suas mais diferentes e lamentáveis vertentes. Inúmeras seguidoras da influencer lhe prestaram solidariedade e compartilharam a publicação em que ela denunciava o caso.
Ainda na manhã desta sexta-feira (30) ela relatou que nossas mensagens agressivas lhes foram dirigidas.