Os estudantes de medicina da UFPI – Campus Senador Helvídio Nunes de Barros de Picos, através do Centro Acadêmico XVI de Setembro, divulgaram uma nota de repúdio sobre a falta de “transparência, clareza e organização no decorrer da vacinação do COVID-19” no Município. Os acadêmicos de medicina que estão nos períodos mais avançados da graduação, argumentam que já deveriam ter sido vacinados para que pudessem estagiar na rede municipal e estadual de saúde. O trabalho deles seria útil à população, uma vez que enquanto aprendem, também atendem as pessoas.
Contudo, sem a imunização contra a COVID-19 eles não podem estagiar. Com isso, a formação acadêmica dos mesmos fica comprometida bem como os serviços a serem ofertados a população. Eles criticam a ausência de um calendário vacinal e o “avanço pouco significativo” na imunização da população.
Na nota de repúdio os acadêmicos argumentam que tem vivido uma situação de angústia.
“Todos esses fatores têm causado muita angústia para os alunos de medicina, que estão com a sua formação comprometida devido à ausência de aulas práticas desde março de 2020 e incertezas quanto ao seu retorno próximo período, mesmo havendo exigência de carga horária predominantemente prática, resultando em perda de qualidade no ensino médico que futuramente afetará a sociedade como um todo”.
Os estudantes já recorreram a outras instâncias na tentativa de conseguir a imunização.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
O Centro Acadêmico XVI de Setembro vem manifestar o seu repúdio em decorrência do atraso e descaso no processo de vacinação dos alunos do ciclo clínico de Medicina da UFPI-CSHNB e da população picoense em geral. Há falta de transparência, clareza e organização no decorrer da vacinação do COVID-19 em razão da ausência de calendário vacinal disponível para a população (o que impossibilita a notificação e planejamento dos convocados com antecedência superior a 24 horas) e distribuição das vacinas dos grupos prioritários em faixas etárias muito próximas com avanço pouco significativo.
Todos esses fatores têm causado muita angústia para os alunos de medicina, que estão com a sua formação comprometida devido à ausência de aulas práticas desde março de 2020 e incertezas quanto ao seu retorno próximo período, mesmo havendo exigência de carga horária predominantemente prática, resultando em perda de qualidade no ensino médico que futuramente afetará a sociedade como um todo.
Logo, esperamos que essa situação seja resolvida – visto que todas as outras escolas médicas do Piauí já vacinaram seus discentes – para que nossa educação médica tenha uma qualidade condizente ao esperado de uma universidade federal.
CAMEPI