Os trabalhadores do Comércio e Serviços do Piauí estão reivindicando a aceleração da vacinação contra a covid-19 a nível de estado e aqui na capital, e cobram a inclusão de algumas categorias profissionais nos grupos prioritários da imunização. Mais de 25 mil trabalhadores aguardam para receber a primeira dose da vacina. São grupos que integram os chamados serviços essenciais e que não pararam mesmo no momento mais crítico da pandemia.
Na semana passada, o deputado Francisco Limma (PT), atendendo a uma provocação do Sindcom (Sindicato dos Comerciários de Teresina) apresentou na Alepi Projeto de Lei que prevê a inclusão de uma série de categorias na prioridade. O que os parlamentares alegam é que os comerciários e o setor de serviços no Piauí precisam de vacinação em caráter de urgência para garantir o pleno retorno das atividades e, ao mesmo tempo, contribuir para a desaceleração da pandemia de covid-19 no Piauí.
Vale lembrar que aqui em Teresina, os trabalhadores de supermercados, mercados públicos e de padarias e panificadoras já estão inclusos na prioridade da vacinação contra o coronavírus. Destas, somente os profissionais dos mercados já estão sendo vacinados. Trabalhadores de supermercados e padarias ainda não tiveram seu agendamento aberto e, portanto, seguem sem uma data ou previsão de data para que recebam a primeira dose.
“Hoje estamos há mais de um ano numa pandemia e não vacinamos nem 12% da população com as duas doses. Estamos falando de uma categoria de mais de 25 mil trabalhadores no comércio. Você vacinar 400 a 500 pessoas dentro dela não vai ter um impacto positivo”, disse o deputado Cícero Magalhães, um dos que provocou o poder público para dar celeridade à vacinação de grupos considerados essenciais.
O Projeto de Lei apresentado na Alepi prevê a inclusão também de trabalhadores de drogarias e farmácias, de atividades domésticas, de limpeza urbana, de serviços funerários e de necrotérios e de prestadores de serviço que atuem nos centros de saúde hospitalares.
Os parlamentares dizem já ter provocado o poder público através do Conselho Municipal de Saúde cobrando agilidade e ampliação da vacinação. A reportagem do Portalodia.com procurou a Fundação Municipal de Saúde de Teresina, que informou que a resolução 126 da Comissão Intergestora Bipartite determinou que todas as doses que cheguem ao Piauí desde o dia 09 de junho sejam destinadas 50% para o público de 18 a 59 anos não contemplado nas demais etapas; 30% para pessoas com comorbidades, deficiência permanente, gestantes e puérperas com comorbidades; e 20% aos serviços essenciais escolhidos pelos Conselhos Municipais.
A FMS esclarece que os grupos que se considerem essenciais devem reivindicar junto ao Conselho Municipal de Saúde, que é quem determina as prioridades. A reportagem tentou contato com representantes do Conselho, mas não obteve retorno. Nenhum representante do Sindcom (Sindicato dos Comerciários) foi encontrado para comentar a situação.
Fonte: portalodia.com