Por Daniela Pereira/Estagiária
Alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Campus Senador Helvídio Nunes de Barros de Picos, pedem que chapa vencedora ocupe a direção da instituição, que no momento está sob a chefia do diretor “pro tempore” (temporário), Prof. Dr. Juscelino Francisco do Nascimento. Ele nomeado pelo reitor e ocupa o cargo enquanto o impasse sobre as eleição é resolvido. Segundo uma das líderes do movimento, Cláudia Regina, 20 anos, discente do VIII período de Pedagogia, a eleição aconteceu de forma democrática, havendo a inscrição das chapas, seguindo as normas do edital da universidade.
“A eleição ocorreu como qualquer outra, através de processo democrático como previsto por lei, houve toda a burocracia de inscrição de chapa através de edital obedecendo as normas da UFPI. Durante a campanha houveram debates onde foram expostas as propostas e no dia 11/11/2020 ocorreu a eleição através do SIG Eleição (sistema Online da Universidade) onde toda a Comunidade da UFPI, professores, alunos e técnicos podem ter acesso nesse mesmo dia a chapa 01 foi eleita democraticamente”, explica.
Dessa forma a estudante expõe quem foram os vencedores e perdedores e quais são os candidatos que formaram as duas chapas concorrentes para a nova diretoria.
“A CHAPA 01: Trabalho, Acolhimento e Conectividade, tendo como Diretora: Juliana Oliveira de Carvalho e Vice-Diretora: Maria da Conceição Rodrigues Martins, venceu com 56,99% dos votos. A Chapa 02: Integra UFPI, cujos candidatos a Diretor: Mailson Fontes; Vice-Diretor: Maurício Fernandes, perderam com 43,01% dos votos”, expõe.
No tocante da alegação feita pela chapa perdedora, que recorreu ao resultado da eleição, segundo o depoimento de Cláudia Regina, a recorrência se deu, devido a um problema no momento da inscrição.
“Excesso de formalidade por parte da comissão eleitoral. Sendo que houve um erro cometido pela dupla ao enviar a inscrição para outro campus, no ato de enviar o e-mail com a documentação prevista no edital. Enquanto as outras candidatas que foram eleitas ao pleito seguiram tudo o que previa o edital”, conta.
Segundo a estudante, o motivo que levou os acadêmicos a entrarem com ação para que a chapa vencedora do processo tome posse, se deu pelo fato de que a eleição foi ocorrida de forma legal e que a dupla vencedora cumpriu com as normas no momento da eleição.
“Sabemos que a chapa foi eleita legalmente, seguindo todas as normas que regem nossa Universidade e queremos ver as professoras eleitas exercendo os seus papéis que são de direito delas e também nosso enquanto parte da Comunidade Ufpiana participante dessas eleições. Não iremos nos calar jamais perante qualquer desrespeito e ferimento a democracia”, afirma.
A respeito da ação que os alunos fizeram para eleger a chapa vencedora, a estudante diz que ainda estão aguardando algum resultado, mas que, até o momento, não obtiveram nenhuma resposta, além disso, o movimento criou um perfil nas redes sociais e petições de forma online para arrecadar as assinaturas.
No entanto, não foi realizada nenhuma assembleia para definir o caso, devido a pandemia do coronavírus, mas os alunos tiveram a iniciativa de apoiar a causa através de um grupo formado pelo Whatsapp, antes mesmo de criarem a página, pois, devido a pandemia, não foi possível formar uma assembleia.
Segundo Cláudia Regina, o prejuízo que a UFPI pode ter, ao manter um diretor temporário é a falta de democracia no Campus, pois, é visto que a eleição se deu de forma democrática, com a participação de todos para escolherem os candidatos, pois acreditam que a dupla é a melhor para dirigir a Universidade.
E para a estudante, a expectativa do resultado é que a democracia prevaleça.
Link para assinar a petição: