Por Daniela Pereira/Estagiária
Hoje, 07 de abril é considerado o Dia do Jornalista, e para homenagear essa data tão importante para os profissionais da comunicação, o Boletim do Sertão fez uma matéria que fala sobre a vida e trajetória de um dos jornalistas do Brasil que constituiu o jornalismo liberal e lutou pela liberdade de imprensa no país.
Giovanne Battista Libero Badaró – Libero Badaró- nasceu na Itália e mudou-se para o Brasil em 1826, onde naturalizou-se e se tornou um liberal na luta política sobre a liberdade de imprensa e contra a opressão da Monarquia e da Constituição. Quando morava na Itália, formou-se em medicina pelas Universidades de Turim e Paiva, além de publicar livros sobre zoologia, fisiologia e botânica.
No Brasil, em 1828, Libero Badaró mudou-se para a cidade de São Paulo onde clinicava e dava aulas gratuitas de matemática. Em 1829 decidiu fundar o jornal O Observador Constitucional, sendo este, um jornal impresso na tipografia do Farol Paulistano.
Libero Badaró estava sempre a frente para noticiar as desbravadas políticas da Constituição Monarca, pois isso o colocava a ser alvo de ameaças autoritárias, tanto que o jornalista teria sido executado por afrontar a maior autoridade jurídica de São Paulo, Ladislau Japiaçu e outras autoridades da província.
Devido a sua luta incansável pela liberdade de imprensa, na noite do dia 20 de novembro, de 1830, a voltar para casa, o jornalista foi abordado por dois alemães que o mataram com um bacamarte. Há relatos em que no leito de sua morte, Badaró deixou uma frase final “Morreu um liberal, mas não a liberdade”.
Este foi o primeiro assassinato de um jornalista no Brasil, que não fazia menos que lutar pelos diretos da imprensa. Pois a morte de Badaró causou revolta na época pela população que pedia justiça pelo assassinato do jornalista, sendo um dos suspeitos do mandate do crime, o então Imperador Dom Pedro I. Somente um dos alemães foi preso, Henrique Stock.