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Jovens formam grupo de pesquisa para estudar pinturas rupestres em Alagoinha do Piauí

Pinturas rupestres. Foto: divulgação

Por Daniela Pereira/Estagiária

No município de Alagoinha do Piauí, o escritor Samuel Nascimento, 25 anos, formou um grupo de pesquisa para estudar as pinturas rupestres que foram descobertas há cerca de 20 anos por moradores. Contudo, somente há pouco tempo foi que essas representações pré-históricas passaram a ter reconhecimento e importância histórica para a região. Participam ainda do grupo: Honorato Lima e os acadêmicos de história da Universidade Federal do Piauí, Fransuer Alencar e Clecionarton Teixeira.

Samuel Nascimento, que também é formado em administração de empresas, relata que as pinturas rupestres tiveram os primeiros registros feitos por dois estudantes que decidiram dar visibilidade a partir de publicações nas redes sociais. “Pouco tempo depois, dois jovens estudantes do ensino médio tiveram a iniciativa de fazer registros fotográficos, sendo que era um pouco difícil, se for pensar em 10 anos atrás, mas eles conseguiram fazer os registros e divulgaram nas redes sociais”, relatou.

A partir da divulgação em 2017, os dois jovens decidiram mostrar as fotografias para o acadêmico de história Fransuer Alencar, cuja visibilidade despertou com o interesse de um portal de notícias e pesquisadores da cidade de Crato (CE).

“Os pesquisadores do Crato vieram até Alagoinha, entre eles havia um arqueólogo, que comprovou que as pinturas eram de civilização antiga, porém, não foi feito um estudo, então não sabemos a data e os povos que viveram na época”, explica.

Embora os pesquisadores do Crato que foram visitar o local das pinturas não tenham feito um estudo, o escritor, juntamente com os demais integrantes do grupo, decidiu continuar com as divulgações do local, pois pretende por meio destas conseguir o apoio de órgãos governamentais para contribuírem e ajudarem a preservar.

“Estamos divulgando, mas esse processo que se inicia também é de estudar o local, pois toda a visibilidade que estamos fazendo é para conseguir a atenção da Secretária de Cultura do Estado do Piauí, pois o município vai dar toda a parceria para que possamos elabora o projeto, mas precisamos dar mais notoriedade e de uma datação das pinturas”, explica.  

Diante disso, o grupo de pesquisa tem recebido apoio do Município de Alagoinha do Piauí para que seja feita o estudo sobre as pinturas, embora ainda não tenham conseguido alcançar o apoio de institutos desenvolvidos para projetos de cultura, a luta continua com a preservação histórica da localidade. “Ao formar esse grupo, a minha presença já foi uma ação do município de buscar e elaborar projetos para o local, pois já recebemos o apoio do município, para pesquisarmos, fazer os registro, divulgações, temos suporte com o transporte, a logística, e o acesso ao espaço, pois as pinturas ficam em propriedade privada”, relata.