O diretor técnico do Hospital Regional Justino Luz de Picos (HRJL), médico Tércio Luz, informou que a cidade, assim como o restante do Brasil, já vive a temida segunda onda do coronavírus, cuja transmissibilidade é mais rápida. “O vírus sofreu uma mutação e o seu poder de transmissão aumentou, isso impacta em mais pacientes infectados”, declarou.
Contudo, os leitos do hospital para o tratamento da Síndrome Respiratória não estão todos ocupados, como se divulgou pelas redes sociais.
Há sim um aumento de casos também, segundo o médico, devido às festas de fim de ano, quando foram verificadas confraternizações e aglomerações entre as famílias. Ele salienta que a maioria dos pacientes internados no HRJL para tratamento da Covid-19 no momento são de cidades da região.
“Alguns casos de Picos, mas não como na primeira onda, entre julho e agosto, quando tivemos mais casos da nossa cidade, e como o hospital abrange esse fluxo de internação de vários municípios da região o nosso diagnóstico é esse da maior demanda também dos municípios menores onde o vírus encontra-se em franca multiplicação”, declarou.
Apesar do início da vacinação que, espera-se, chegue ao maior número de pessoas logo, Tércio Luz destaca que a população deve manter todas as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias, como distanciamento social, uso de máscara de proteção, álcool gel, ficar em casa, evitar aglomerações. A chamada de “imunidade de rebanho” será atingida apenas após alguns meses. Só depois disso haverá uma redução nos casos de internação.
“Pelo menos 70% da população precisa ter imunidade contra o coronavírus para que haja um impacto em nível de internação e casos graves”, declarou.
Quanto às internações no Hospital Regional até esta quarta-feira (20), havia 30 pessoas internadas na enfermaria voltada para o tratamento da Covid. A capacidade dela é de 35 pacientes. Nas UTIs 01 e 02, há nove pacientes internados, no total, e 11 vagas disponíveis.
